"Design gráfico é uma actividade técnica e criativa relacionada não apenas com o produto de imagens, mas com a análise, organização e métodos de apresentação de soluções visuais para problemas de comunicação."

Icograda-International Council of Societies of Graphic Design



sábado, 19 de junho de 2010

Antes das letras...

Há 5.000 anos, muito antes de usarem alfabetos, os habitantes pré-históricos da Península Ibérica gravavam desenhos em placas de xisto.



A cientista Katina Lillios fez a sensacional descoberta dos primeiros registos de identidades pessoais praticado na Europa.
Estes registos foram feitos gravando padrões gráficos em pedras.
Katina Lillios descobriu este original sistema de comunicação social com suporte em registos gráficos – sistema este obviamente praticado muito antes da introdução de alfabetos escritos na Peninsula Ibérica.

Enquanto que actualmente somos identificados com o Bilhete de Identidade, já os nossos longíquos antepassados da Idade do Cobre tinham decidido fazê-lo de uma forma vagamente comparável – pelo menos, quando eram enterrados.
As placas de xisto depositadas com os mortos, mostram a qual clã pertenciam os defuntos e registam a sua linhagem de descendência — a sua geração.
Katina Lillios investigou e introduziu uma rigorosa metodologia científica para decifrar os códigos gráficos inscritos nas placas de xisto.



“Infelizmente passaram mais de 120 anos sem avanços significativos na interpretação destas fascinantes peças.” (Katina Lillios)

Os desenhos sobre as plcas são deliberadamente variados.
A variabilidade que apresentam não se pode traduzir por um espírito de improvisação artística. As placas são obviamente funcionais, identificam:

-» o lugar, a região onde o defunto foi enterrado seguindo os rituais funerários da época;
» o clã, a estirpe. Os diferentes padrões identificam os clãs relacionados com os campos e territórios “marcados” pelos seus túmulos funerários;
-» a linhagem, as gerações.



Falta-nos a análise química das placas de xisto. Se tratarmos as placas como os objectos geológicos que de facto são, poderíamos saber em que pedreiras foram obtidas, e entender que viagem fizeram para chegar aos túmulos onde as encontrámos.” (Katina Lillios)


Webgrafia:http://www.tipografos.net/escrita/antes-das-letras1.html

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